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Filhos de Pais Separados

A sociedade atual está a “reconstruir” gradualmente o conceito de família, contudo quais as consequências psicológicas para as futuras gerações.

Atualmente, a sociedade ocidental (principalmente), está a “reconstruir” o conceito de família. Com a subida drástica de separações e divórcios, o conceito da família afasta-se do conceito da família “clássica”, como pai, mãe e filhos. Agora cada vez mais existem pais separados, divorciados, madrastas e padrastos, tendo consequências diretas ao nível das gerações futuras.

Ao afastar-se da “família clássica”, afasta-se também da “educação clássica”, em que as crianças cresciam num seio que existia um pai e uma mãe. Ao separar-se/divorciar-se os pais muitas vezes negligenciam a educação dos filhos. Mesmo tentando fazer o melhor possível, os próprios pais são influenciados inconscientemente por essa separação, sentindo-se culpados pelos filhos não terem os pais juntos, outros pais usam os filhos como “arma de arremesso” para com o outro progenitor, ou mesmo ambos competem de forma consciente ou inconsciente pelo amor do filho.

Ao nível dos pais sentirem-se culpados, pela separação e pelo eventual sofrimento dos filhos, podem eventualmente serem mais permissivos, menos exigentes e disciplinados, dando o que podem e não podem ao filho, em troca do seu amor ou por medo de perder o seu amor. Esquecendo o essencial, carinho, afeto, amor, e que os filhos amam-nos e não vão deixar de ama-los.

Outro tipo de pais, principalmente quando ambos os pais são “presentes”, porém possuem muitas divergências, odio, angústia, acabando muitas vezes uma das partes usar o filho como “arma de arremesso”, para atingir o outro progenitor. A este nível podemos encontrar acusações de maus tratos, quando realmente não existem, apenas com o intuito de obterem a “guarda total” do filho e afastando o outro progenitor, prejudicando-o até judicialmente.

Muitas vezes os pais presentes e não tanto hostis, usam uma agressividade passiva, não direta como o exemplo acima descrito. Aparentemente amigos e civilizados, porém de forma consciente ou inconsciente, competem com o outro progenitor pelo amor do filho. Dando mais coisas que o outro dá, fazendo mais vontades que o outro faz. Sempre atento ao que o outro faz, para fazer melhor ou maior. Sendo mais permissivos, dizendo mais vezes sim e menos não. Por consequência, não existe uma educação “saudável”, pois não existe coerência entre ambos. Até ao ponto que o filho se apercebe desse “concurso” e aproveita-se dele, tendo o discurso, “o pai deixa, e porque tu não deixas?”, “A mãe deu-me uma mota, e tu pai vais-me dar uma bicicleta?”

Inúmeros estudos, indicam algumas consequências diretas e indiretas de ser filhos de pais separados. Maior probabilidade de: baixa auto-estima, insucesso escolar, pouca sociabilidade, vítima de bulling, desenvolver algum transtorno psicológico, maior instabilidade emocional, maior ansiedade, baixa tolerância à frustração, tendência para a depressão, etc. Isso tudo enquanto criança/jovem, como é obvio, qualquer ponto acima referido, se não detetado a tempo e resolvido, terá implicações na vida adulta.

Além disso, as relações que presenciamos, servirão de exemplo para nós e de forma inconsciente, temos tendência a replica-las. Logo crescendo num determinado ambiente, vamos ter tendência inconsciente de recriar o mesmo ambiente, seja este bom ou mau.

Isso não quer dizer de forma alguma que os filhos de pais separados, vão necessariamente sofrer mais ou serem “piores” do que os filhos das “famílias clássicas”. Requerem sim uma educação distinta, necessariamente maior maturidade (a todos os níveis) de ambos os pais, o qual muitas vezes não se verifica.

Ainda assim existem casos de resiliência, em que num ambiente completamente disfuncional, um individuo se desenvolve de forma saudável.

Não devemos esquecer também, que a “família clássica” não é sinónimo de bem –estar, acontecendo em muitos casos, ser melhor os pais separar-se do que estarem juntos, visto a disfuncionalidade vivida no seio dessa família.

E você, o que acha da educação nos novos conceitos de família?

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